
Gestalt-terapia
A Gestalt-terapia é uma modalidade psicoterápica, que teve origem na Alemanha com a publicação do livro "Gestalt-Therapy" em 1951 escrito por Fritz Perls, Hefferline e Goodman.
O termo Gestalt não possui uma tradução literal na língua portuguesa, mas pode ser entendido como "dar forma, dar uma estrutura significante" segundo registro de Ginger&Ginger (1995).
Com bases filosóficas na fenomenologia, humanismo e existencialismo, tem como pressuposto que o Homem é livre, faz escolhas e deve se responsabilizar por suas escolhas. E, para realizar tal fato deve buscar refletir sobre os fatos da vida no momento em que ocorrem, ou seja, no aqui-e-agora, sendo para isso percebido de forma empática e aceito incondicionalmente pelo seu psicoterapeuta gestaltista.
Pode ser considerada uma terapia existencial pois aborda a forma como a pessoa se apresenta no presente, trazendo sentimentos e conflitos para o tempo atual, permitindo o contato consigo mesmo e criando autoresponsabilidade pela sua própria vida, promovendo autossuporte com o desenvolvimento de seus recursos internos.
Além disso, é percebida como uma abordagem psicoterápica vivencial experimental, que traz na consulta psicológica a oportunidade do cliente experenciar suas vivências passadas no momento presente com o seu olhar de agora.
A Gestalt-terapia também pode ser chamada de "Terapia do contato", já que estabelece uma relação autêntica e verdadeira entre gestalt-terapeuta e o cliente, baseada na empatia e confiança do contato entre ambos.
A atuação do psicólogo gestaltista é a de compreensão do ser humano como um todo, em constante relação e transformação consigo mesmo e com o mundo e, portanto, não vê apenas a patologia. Mas, como essa patologia atua naquele indivíduo de forma particular.